Escritor cubano Carlos Moore lança
autobiografia em quatro capitais
Em Salvador, o evento será no dia 2 de setembro no Espaço Cultural da Barroquinha
Lançada em inglês em 2008, a autobiografia Pichón
– Minha Vida e a Revolução Cubana, do cientista social cubano Carlos
Moore, sai agora em português, pela editora Nandyala. Radicado no Brasil há 15
anos e morando em Salvador, Moore cumpre uma intensa agenda de lançamentos pelo
país, que já o levou ao Rio de Janeiro (14/08), São Paulo (de 19 a 23/08) e
Porto Alegre no dia 27. Na próxima quarta-feira (02/09) o escritor
autografa o livro em Salvador, no Espaço Cultural da Barroquinha, às 18h.
Realizado
pelo Coletivo Blackitude, o lançamento baiano conta com uma roda de conversa com o autor. A mesa, mediada pelo
escritor Nelson Maca, será formada pela ex-Ministra da Secretaria de Promoção
da Igualdade Racial, a socióloga Luiza Bairros, e pelo advogado Samuel
Vida. Os três componentes são professores universitários e ativistas do
Movimento Social Negro e conhecem bem a trajetória de Carlos Moore. Na abertura
da mesa, Nelson Maca fará performance poética acompanhado do
percussionista Jorjão Bafafé. Além deles, o evento conta com a participação do
Dj Dudoo Caribe.
O livro destaca a trajetória de Carlos Moore, que nasceu em Cuba, numa família
de imigrantes jamaicanos negros e pobres, e teve uma infância sofrida em meio
às mazelas do racismo na Ilha. Acompanha seu exílio nos Estados Unidos e sua
tomada de consciência política e racial, que o levou a vários países, e o fez
conviver e atuar ao lado de grandes personalidades negras da luta antirracista,
entre elas Malcolm X, Aimè Cesáire, Fela Kuti, Cheikh Anta Diop, Maya Angelou,
Lélia Gonzalez e Abdias Nascimento. O livro fecha seu relato com um capítulo
emocionante sobre sua chegada à Bahia. O prefácio é assinado pela escritora e
militante negra Maya Angelou, que faleceu no ano
passado.
Moore é autor de relevantes
publicações acadêmicas como Marxismo e a Questão racial,Racismo
e Sociedade, Castro, the Blacks, and Africa, A
África que Incomoda, sobre racismo e suas distintas formas de expressão em
Cuba, no Brasil e em países, inclusive africanos. Seu nome é frequentemente
associado ao universo do afrobeat, por ser o biógrafo autorizado pelo músico
nigeriano Fela Kuti a escrever sua biografia, Fela. Esta Vida Puta
(Nandyala, 2011).
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